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Novas tecnologias e práticas ambientais foram tema de debate na Fiesp.

FIESP: Indústria precisa de um choque de inovação

Alex de Souza

Desde 2020, a humanidade assistiu a uma convergência de fatores que aumentaram as incertezas sobre o futuro. Além da pandemia, vieram guerras, eventos climáticos extremos, migrações, exacerbou-se o protecionismo comercial e os países passaram a se voltar mais aos seus interesses.

Para enfrentar as incertezas e aumentar a competitividade industrial, um dos caminhos apontados pelo economista João Carlos Ferraz, professor do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), é o da inovação.

“Mais do que tudo, a competição está na capacidade das empresas de inovar e explorar as possibilidades de desenvolvimento”, disse ele na quinta-feira (5/12), em reunião conjunta dos Conselhos Superiores de Inovação e Competitividade (Conic), de Desenvolvimento Sustentável (Condes) e do Departamento de Desenvolvimento Sustentável (DDS) da Fiesp.

O presidente do Conic, Pedro Wongtschowski, concorda com o caminho apontado. “A indústria precisa de um choque de inovação”, disse ele, para quem o governo precisa ter um plano claro para incentivar mais pesquisa.

Ao lado dos também economistas Flávio Peixoto, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e Simone Uderman, da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), o professor Ferraz comentou dados da Pintec Semestral – levantamento estatístico produzido pelo IBGE, em parceria com a ABDI e a UFRJ, sobre inovação nas empresas.

A pesquisa, divulgada em março deste ano, revela aspectos relevantes sobre renovação digital e práticas ambientais na indústria brasileira, envolvendo 1.500 de um total de 10 mil empresas industriais do país que se enquadram nos três grupos considerados: as que tenham de 100 a 249 colaboradores, de 250 a 499, e com mais de 500 funcionários em seus quadros.

O levantamento considerou como práticas ambientais ações realizadas nos processos de produção nos seguintes temas ambientais: recursos hídricos, resíduos sólidos, eficiência energética, reciclagem e reuso, uso do solo e emissões atmosféricas.

Sobre a renovação digital, entre as principais tecnologias estudadas estão a internet das coisas, robótica, análise de big data, computação em nuvem e inteligência artificial.

“Somos um país industrial em estágio intermediário e diferenças importantes de capacidade ou planejamento. As mudanças podem transformar a estrutura industrial no curto prazo, mas é necessário definir o ponto de partida e o quanto podemos avançar no tempo”, afirmou Ferraz.

Ele destacou o fato de que as grandes empresas, em sua maioria, conseguem atuar em mais de um tema ambiental e adotam mais do que uma tecnologia inovadora.

Quando se fala de inovação, as tecnologias mais utilizadas pelas empresas industriais são a computação em nuvem (73%) e a internet das coisas (48%). Já a análise de big data, apenas 17% das empresas ouvidas utilizam esse recurso.

Em relação às práticas ambientais, em média, 79% das empresas industriais adotam ações relacionadas aos resíduos sólidos e 75% têm práticas de reciclagem e reuso. Quando o tema ambiental é uso do solo, apenas 24% possuem práticas sustentáveis. E somente 21% obtiveram a certificação ISO 14001 e somente 17% produzem relatório de sustentabilidade.

“Por essa razão, iniciativas como a Jornada de Transformação Digital e da Descarbonização encampadas pela Fiesp e pelo Senai-SP são tão importantes, porque chegam às pequenas e médias empresas, justamente as que têm mais dificuldades para inovar ou adotar mais práticas ambientais”, destacou o economista.

FIESP

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